Café

Encolhi os ombros - Estou um bocado mal-disposta por isso não tenho muita fome. - ri-me - E como só isso? Parece que costumo comer que nem uma esfomeada.

-Não, mas isso não te alimenta até ao almoço - encolhi os ombros e toquei-lhe no ombro - se quiseres ir para o hotel, ou até para o Sun, diz. - pedi.

- Não, não quero ir embora não te preocupes comigo. - sorri-lhe e mandei-lhe um beijo com a mão.

Assenti com a cabeça não insistindo muito e comecei a brincar com a sua mão enquanto esperávamos pela comida. Quando nos vieram servir olhei para o copo de leite.
-Vamos onde hoje? Quando melhorares - acrescentei logo.

- Não sei.. tu é que conheces a zona... - sorri - Levam-me ao teu sitio preferido. - revirei os olhos e dei-lhe uma pequena dentada na mão - Eu estou bem.

-O meu sítio favorito? - perguntei fazendo uma careta - isso é difícil, mas eu tenho um - sorri levemente já sabendo onde a ia levar. - Eu espero que sim, que estejas, porque vamos para um lugar difícil de chegar.

Olhei para ele sorrindo - Vais deixar-me curiosa. E vamos já a seguir ao pequeno almoço? - perguntei ansiosa e comecei a comer.

-Se quiseres sim, não é nada de mais, mas eu gosto de estar lá - sorri levemente acabando o meu croissant.

- Claro que quero. - disse-lhe sorrindo enquanto pegava no meu copo de leite e dava um gole - Não queres dar uma pista?...

Abanei a cabeça quanto à sua pergunta.
-Eu sou demasiado previsível se dizer, acertas logo e perde a piada. - garanti-lhe.

Revirei os olhos - Está bem... Mas... eu não gosto de surpresas... - suspirei - Porque eu fico demasiado ansiosa para saber o que são as coisas... - voltei a suspirar e pousei a cabeça em cima da mão.

-Só tens que esperar mais cinco minutos - beijei-a e mordi-lhe o lábio levantando-me e indo pagar o pequeno almoço, peguei na mão dela e puxei-a para dentro do carro.

- Eu espero cinco minutos. - levantei-me da mesa assim que ele foi pagar o pequeno almoço. Quando entrámos no carro, ajeitei-me no banco e sorri - Já passaram cinco minutos.

-Não passaram nada - ri-me e acelerei até à parte de LA em que só havia prédios, olhei para o hotel onde costumava ir e dei-lhe a mão levando-a para dentro. Sorri a Alice e subimos nos elevadores até ao último andar. Indo depois para o terraço numas escadas e olhei para aquilo. Dava para ver tudo dali.

Assim que chegámos ao telhado do hotel pus-me a olhar em volta - Uau. Isto é espetacular. - aproximei-me do parapeito e olhei para baixo enquanto sorria.

-Pois é - sorri olhando para o céu - venho para aqui desde puto, mesmo - fiz uma careta e olhei-a - este hotel é da minha família - disse-lhe. Não era meu, era da minha família, mas também podia ser meu...

Voltei a sorrir - Eu costumava fugir para o lago. - encolhi os ombros - Havia um mesmo atrás da minha casa e eu conhecia-lhes os cantos todos. - deixei de olhar para a paisagem e olhei para ele - Bem, os Grant além de giros também são ricos. - disse meio na brincadeira.

-Quem me dera viver num sitio desses, aqui só consegui arranjar um sitio calmo em sítios como este- suspirei. -Eu não sou rico, os meus primos são - encolhi os ombros. - O meu pai morreu e a minha mãe perdeu o direito à empresa.

Sorri ao lembrar-me - Sim, era um sitio calmo, mas o Adam encontrava-me sempre . - revirei os olhos.
- Isso é triste... - suspirei e olhei-o - Não sabia desculpa...

-É teu irmão, é normal, eu era encontrado por um primo qualquer.- encolhi os ombros.
-Não faz mal - disse abanando a cabeça e tentando não reviver momentos. Olhei-a sorrindo e beijei-lhe a bochecha.

- Ele era um chato. - disse falando do Adam e sorri. Rodeei a cintura dele com os braços e encostei-me a ele, sorrindo. - Isto é espetacular.

-É giro - comentei rindo-me e beijei-lhe a cabeça. - Em que parte é que eu ia? Da minha história? - perguntei mordendo o lábio.

Deixei-me estar agarrada a ele e suspirei - Contaste-me que tinhas outra irmã além da Lilly e que a tua mão sempre foi muito orgulhosa para aceitar dinheiro dos outros apesar das dificuldades...

-Pois... - suspirei olhando para o céu, estava um calor do pior e agora ainda estava mais - ela era demasiado orgulhosa e eu não gostava de a ver passar fome para nos dar... e - olhei para ela - fugi de casa. - mordi o lábio - encontraram-me, disse que não tinha pais e foi fácil entrar num lar. O gajo da feira... era um deles.

Desencostei a cabeça e olhei para ele - E o que aconteceu depois? Quanto tempo ficaste no lar? E o que é que isso tem a ver com a outra irmã? E porque é que tu ficaste todo alterado quando viste o gajo? - perguntei toda confusa.