Rua

Fiz beicinho e meti o cinto de segurança. - Então o melhor é nem irmos... não quero ficar deprimida por ser horrivel em comparação à tua irmã.. - fiz uma cara triste.

Ri-me com o seu beicinho e olhei para a estrada vazia dando-lhe um beijinho - São as duas lindas. - sorri encostando a minha cabeça ao banco do carro e prestando atenção à estrada.

- Está bem... não me convenceste mas está bem... - encolhi os ombros e continuei a fazer ar de coitadinha - Eu já estou habituada. Passavam a vida a dizer que a minha irmã era linda e maravilhosa e eu era super normal.

Abrandei um pouco, para a conseguir olhar e fiz com que ela colocasse a mão nas mudanças, colocando a minhas sobre a dela. - Tu és linda Caroline, aposto que quem quer que seja a tua irmã, ela não é mais bonita que tu, pelo menos para mim. - sorri levemente e peguei-lhe na mão dando-lhe um beijo. - Só estava a brincar contigo.

Sorri-lhe e olhei-o nos olhos - Eu sei, e obrigada por teres sido tão fofinho. Ainda não tinha visto muito bem esse teu lado. - inclinei-me e dei-lhe um beijo na bochecha - Pelo menos nesse lado, não dizes para eu parar de te morder. - sorri feita parva.

Ri-me encostando de novo a cabeça no banco - Nem sei se vou voltar a pedir-te para parar. - olhei-a de lado e sorri - e eu sou sempre fofinho. - queixei-me-

- Claro que não vais voltar a pedir. E agora mesmo que peças, eu não paro. - fiz um sorriso vitorioso. - Nem sempre. Quando ficas com vontade de me bater por cantar os parabéns em público, não estás a ser fofo.

-Então experimenta fazer isso mais vezes - desafiei-a -Eu não fiquei com vontade de te bater - ri-me com a lembrança e acelerei - só fiquei com vontade de ir buscar-te e dizer que tinhas bebido de mais.

- Oh, mas foi divertido. - queixei-me - Quem me dera que uma data de pessoas me cantassem os parabéns. - sorri. - Estás mesmo a desafiar-me Bryan? - olhei para ele sorrindo - Pensava que já tinhas percebido que eu sou boa nestas coisas.

-Já te disse que vou fazer o mesmo - ri-me voltei a olha-la de esguelha e ri-me - Eu sei o quão boa és nisso, mas sim estou a desafiar-te

Sorri e pus-me a bater palmas - Boa!! Vai ser tão fixe! - virei-me para ele e olhei-o - Está bem. Aviso-te já que vais sofrer.

-Eu já sofro bastante nas suas mãos - ri-me olhando para ela e depois de horas com o rabo sentado no banco vi a placa de Los Angeles - Finalmente - suspirei.

- Ainda vais sofrer mais. - sorri bastante e olhei para ele. - Yes. Finalmente. Já me doi o rabo.. - queixei-me. Espreguicei contra as costas do assento.

-É mais cansativo quando se vem sozinho - garanti - faltam uns dez minutos para chegar. - Durante a viagem tinha dito à minha irmã para passar por um café perto do colégio dela. Mal chegámos estacionei e travei o carro olhando-a.

- Claro que sim. Especialmente quando a companhia não sou eu. - fiz um sorriso convencido. Olhei para o café onde ele parou - Por acaso já tenho fome.. vamos?

-Sim, ela já deve estar cá - saí do carro fechei as portas e fui para o lado dela. Dei-lhe a mão e atravessámos a rua para entrar depois no café. Procurei com os olhos a minha irmã e quando não a encontrei olhei-a - procura com os olhos uma morena rasca - brinquei, mas não foi preciso mais. Quando a vi só tive tempo de segura-la e rir-me.

Saí da discoteca ainda com ela ao meu colo.
-Não aproveito nada, tu amanhã nem te vais lembrar que dia é - suspirei e mordi o lábio assim que ela desceu o seu decote, não conseguindo evitar olhar, porque.... pronto... ela estava praticamente a esfregar-se na minha cara - Vá pára quieta ou eu ponho-te no chão - ameacei.
Esta miúda era completamente alucinada do cérebro.

- Vou sim hoje é.- contei pelos dedos.- dia 40 antes de cristo.- ri-me para depois ficar logo séria.- e tu és o josé.- apontei para ele.- eu sou a maria.- apontei para mim.- e hoje vamos fazer o jesus.- desmanchei-me a rir para rapidamente me agarrar a ele.- chão não, eu quero colinho.- fiz beicinho.

-Ai é? - ela mais parecia um bebé que outra coisa - Não, eu sou o Nick e tu és a Jazmyn que tem de ficar sóbria ou o Nick vai dar em doido - ri-me das suas maluquices - Então porta-te bem ou eu ponho-te no chão.

- Uhhh.- elevei as mãos abanado-as.- ele fica doido.- e o teu amiguinho aí em baixo fica como? Com os cabelos em pé? - ri-me de novo. Em pé, perceberam? Eu juro que nunca mais bebo em toda a minha vida.- não pões não.- fiz beicinho.- tu gostas de me agarrar.

-Tu queres um café? - perguntei, mas pronto ela tinha uma certa razão, ela era bem boa - Ai ponho ponho - não me podia queixar de a ter ao colo, mas ela naquele momento podia ver elefantes e mamutes a voar - Porta-te mal que logo vês.

- Não, o café sabe mal e fico com impressões na língua.- resmunguei pondo a língua de fora.- aqui, vês? - apontei para a mesma.- não pões não, eu fica assim oh.- encostei a cabeça no peito dele.- muito quietinha.

-Pois sabe, mas tu assim não acordas para a vida - suspirei - Vejo, vejo, mas mete a língua para dentro que apanhas doenças assim - ela já devia ter um demência completamente grave - Está bem, eu agora estou a ir para a escola.

- Eu estou acordada, olha estamos num parque aquático, temos peixinhos a passar por nós.- apontei para as pessoas.- e tu és um escorrega.- dei saltinhos no seu colo. Fiz beicinho quando ele disse que estava a ir para o colégio.- vais dormir comigo não vais? Eu tenho medo do escuro e do papão.- disse quase a chorar.- diz que sim, diz que sim.

-Ai Lord - ri-me e apertei-a contra mim, para ela parar de saltar - Está quietinha - o que é que eu vou fazer com esta coisa?
-Pronto, pronto, não comeces a chorar. Eu não sei onde fica o teu quarto, por isso vou ter de te levar para o meu, mas porta-te bem ou o papão vai-te comer.