Quarto do Nick Bylik

Relembrando a primeira mensagem :

lidhsfkgugf

Ligaram à minha mãe a dizer que a Cassie estava quase a chegar.
Fui de novo para o meu devido lugar e esperei.
Olhei para o relógio impaciente e finalmente ela chegou. Estava bonitinha até, mas mais uma vez não era a Jazmyn.
Sorri como era suposto sorrir e aceitei a mão dela quando o pai dela ma deu.
O senhor do registo civil começou a falar e eu estava completamente distraído.
-Quem tiver algo contra, fale agora ou nunca - disse e eu fiquei super nervoso como se a Jaz por magia pudesse aparecer ou assim.

Já tinha passado uma hora desde que eu entrara para aquele avião e finalmente, depois de uma espera ansiosa, estávamos a aterrar. Levantei-me mesmo antes de as rodas pousarem e coloquei a minha mala ao ombro, que era a única bagagem que tinha. Corri para a porta e fiquei impacientemente à espera que a abrissem. Mas ninguém percebia? Eu não tinha muito tempo. Comecei a correr pelo aeroporto fora quando finalmente a abriram e saí completamente louca, entrando num táxi que estava a carregar bagagem de outras pessoas.
- Eu juro, eu juro que lhe pago o que você quiser, mas leve-me para esta morada.- mostrei-lhe o papel.- é uma questão de vida ou de morte.- o taxista arregalou os olhos e acho que ficou com tanto medo do meu estado que deixou os outros passageiros pendurado, começando a conduzir.- rápido.- bati no banco.- já não tenho muito tempo.- ele murmurou algo como um ''tenha calma'', mas eu apenas ignorei. Eu tinha de impedir este casamento, eu tinha de conseguir. Eu amava-o demais para o perder assim. Deixei-lhe um maço de notas em cima do lugar ao seu lado e saí pela porta fora quando ele estacionou.
- Como se chama? - o segurança abordou-me. A sério, quando já estou mesmo quase é que este macaco me aparece? Mordi o lábio e olhei a lista nas suas mãos. Se eu lhe dissesse o meu nome verdadeiro era óbvio que ele não me ia deixar entrar. Arregalei os olhos quando vi o nome de uma mulher que ainda não tinha chegado e ajeitei a mala ao meu ombro.- Lydia, Lydia Smith.- tossiquei e depois de verificar a lista deixou-me entar. Eu não fazia a mínima ideia de onde é que eles poderiam estar.
- Quem tiver algo contra, fale agora ou nunca - ouvi uma voz vinda do jardim e o meu coração simplesmente desapareceu. Exacto, era agora ou nunca. Passei uma mão pela cara e comecei a correr para lá, eu tinha de chegar a tempo.
E ali estava ele, lindo como sempre, o cabelo perfeitamente alinhado, fato indiscutivelmente engomado, estava perfeito. Sorri por estar a vê-lo de novo, mas quando o meu olhar se prendeu nela, o meu sorriso desapareceu. Isto não estava bem, devia ser eu a estar ali.
- Eu tenho! - gritei e corri pela passadeira, só parando em frente a Nick. Oh meu deus, posso beijá-lo.- tu não te podes casar com ela Nick, eu amo-te, eu sempre amei.- engoli em seco.- eu...eu nem sequer devia ter cedido à chantagem dos teus pais, mas não te cases com ela.- abanei a cabeça e depois de tanta adrenalina, as lágrimas finalmente caíram.- és o homem da minha vida, eu não te posso perder.

Assim que o homem disse aquilo alguém gritou "Eu tenho!" e aquela voz... oh meu, já não ouvia aquela voz há 2 anos. Olhei para trás e vi Jazmyn. HOLLY SHIT, ERA A JAZMYN! Milagre, milagre! Obrigado, alguém que esteja lá em cima! Ou... obrigado John!
Ela estava toda vermelha, com o cabelo completamente despenteado, com um fato de treino por cima, estava linda... a minha Jaz.
-Ora bem, vamos acabar com esta palhaçada - disse Cassie e eu olhei para ela brevemente revirando os olhos - O Nick é meu, tu tiveste a tua oportunidade mas ele agora É MEU!
-Não... - murmurei.
-O que disseste Nick? - perguntou ela com a sua vozinha irritante.
-Não vou casar contigo - eu só queria despachar isto tudo para poder finalmente agarrar Jaz - Eu nunca quis casar contigo, não quis nada disto - disse já virado para toda a gente - Eu não amo a Cassie, eu amo a Jaz e sempre foi assim. Eu não quero fortuna nenhuma, eu não quero! Por isso, podem ir para casa, que esta cerimónia acabou. Peço desculpa por vos ter feito perder tempo, mas é assim a vida. Não podemos ter tudo o que queremos na vida - esta última frase foi dirigida a Cassie que já estava completamente frustrada e ainda bem.
A minha irmã e o John estavam os dois agarrados como se já estivessem à espera que isto fosse acontecer. A minha mãe estava completamente chocada e foi quando eu vi o meu pai levantar-se, provavelmente vinha bater-me ou assim, mas eu estava redondamente enganado - Finalmente alguém tem a coragem para fazer o que eu sempre quis fazer. Quero o divórcio - ele disse apontando para a minha mãe o que a fez ficar ainda mais indignada e que sinceramente quase me fazia rir - E ouviram o meu filho, este casamento acabou, podem ir para casa.
Olhei para o meu pai e dei-lhe um abraço muito forte. Ele finalmente estava de volta e já não era pau mandado da minha mãe.
Virei-me para Jazmyn e corri até ela, abraçando-a com toda a força do mundo, sem a magoar claro - Estás aqui - murmurei.

Eu acho que morri e ressucitei quando Nick se virou e o meu olhar se cruzou com o seu, oh meu deus, o meu menino. Passei as costas das mãos pelas bochechas e olhei a caçarola que decidiu piar.
- Eu tive a minha oportunidade, que tu estragaste!- gritei-lhe.- foste tu que deste cabo de tudo por quereres o dinheiro dele, mas sabes uma coisa barbie? Eu amo-o pelo que ele é, não pelo que me pode ou não comprar.- atirei-lhe à cara e calei-me muito caladinha quando o pai de Nick se levantou. Ai que era desta que eu ia à vida, aiaiai. Arregalei os olhos com o que ele disse e dei dois passos para trás. Ele ia divorciar-se da bruxa mor? Eu não estava a perceber...afinal ele não gostava dela...oh meu deus estão a agarrar-me, é o macaco, ele descobriu que eu não sou a Libertina, não não era Libertina, era...o Nick! Não, eu não me chamava Nick..okay Jazmyn, cala-te e abraça-o. Saltei para o seu colo, rodeando a sua cintura com as minhas pernas e escondi a minha cara no seu pescoço, recomeçando o choro. Oh meu deus, o cheiro dele.- eu estou aqui.- aussurrei por entre o choro.

Quando a abracei ela ainda ficou um bocadinho sem reacção, mas rapidamente ela saltou para o meu colo.
Segurei-a contra mim o mais que pude e levei-a para fora dali, até ao meu quarto, para fora da confusão.
-Como... como é que soubeste, como é que tu vieste até aqui? - perguntei beijando a sua pele.

Fiquei durante o tempo todo com a cara escondida no seu pescoço sem olhar para ninguém, eu só queria ficar assim para sempre. Percebi que me estava a levar para outro lado, mas continuei sem me mexer.
- O teu amigo...o John, ele ligou-me e disse que ias casar com ela.- choraminguei.- e eu não aguentei mais, apanhei um avião e vim ter contigo.- apertei-o contra mim.- eu não te podia perder.

-O...O John? - perguntei ainda chocado com a situação toda - Abençoado seja aquele gajo - sentei-me na cama com ela ao meu colo -Não me perdeste... eu estou aqui e tu... tu estás aqui - deixei uma gargalhada de incredibilidade sair - Tu estás aqui -olhei-a nos olhos e acariciei o seu rosto - Estás tão linda - beijei-a finalmente, ao fim de dois longos anos.

Assenti e ajeitei-me no seu colo, fungando. Levantei o olhar e encarei os seus olhos, ouvindo tudo o que ele dizia. Eu não conseguia acreditar que tinha conseguido, eu não conseguia acreditar que ele...oh meu deus, os lábios dele. Agarrei-me ao seu pescoço e beijei-o como já não fazia há muito tempo. As nossas línguas debatiam-se como se o mundo fosse acabar naquele momento, mas na verdade, tudo tinha recomeçado.

-Tinha tantas saudades tuas - murmurei e beijei-a outra vez - Não te vás embora, ouviste? - coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha e limpei também as suas lágrimas.

Agarrei a sua face e fui acariciando-a durante o beijo.
- Eu também tinha, mais do que muitas.- sussurrei contra os seus lábios e abanei a cabeça.- não, eu nunca mais me vou embora. Eu juro.- funguei e fiz o sinal de jura com os dedos para que ele visse.- oh meu deus.- voltei a abraçar-me a ele.

-Ainda bem - sorri e agarrei nas suas mãos, beijando as mesmas - Eu amo-te... mesmo depois de 2 anos, eu amo-te - suspirei e abracei-a também acariciando as suas costas.

Entrelacei os meus dedos nos seus e sorri levemente, mordendo o lábio com muita força.
- Eu também te amo Nick.- baixei o olhar.- nunca deixei de amar.- sussurrei.

-Não, não olhes para baixo - levantei o seu queixo e beijei-a levemente - Minha Jaz - sorri - Olha outro lado positivo da coisa, há mais comida para nós!

Mordi o lábio e fechei os olhos, beijando-o também.
- Desculpa...- senti o meu queixo tremer.- desculpa ter-te feito passar por tudo isto...desculpa ter-te deixado.- as lágrimas voltaram a cair.- desculpa não ter sido quem merecias.- engoli em seco.

Assim que a vi chorar abracei-a de novo - Shh, shh, tu és tudo o que eu mereço, isso e muito mais - limpei as suas lágrimas e beijei-a - Tu és tudo o que eu sempre quis.

Escondi a minha cara no seu pescoço e apertei-o com força contra mim. Beijei os seus dedos e por fim os seus lábios, agarrando-me a ele.
- Eu amo-te, eu amo-te, eu amo-te.- murmurei contra os seus lábios.

-Eu também te amo muito, muito - sorri - Queres ficar aqui? - perguntei e deitei-me na cama com ela, mas levantei-me logo para despir aquele fato todo nojento e vestir o meu pijama.

Sorri-lhe também e rocei o meu nariz no seu. Assenti e fiz uma careta ao vê-lo ainda com aquele fato.
- Quero, mas podes despir isso? - nem foi preciso ele responder. Mordi o lábio enquanto o via trocar de roupa e puxei-o para mim, encostando a minha cabeça no seu peito.- as pessoas devem ter ficado com medo de mim.- ri-me baixinho.- já viste bem o meu estado?

-Já está - sorri e deitei-me com ela ali na minha cama - Não ficaram nada, tu estás linda - sorri e beijei-a outra vez - Que saudades.

Encostei o meu corpo ao seu e sorri por o sentir ali, tão perto de mim.
- Amor eu estou toda despenteada.- fiz uma careta.- é impossível estar linda.- torci o nariz, sorrindo contra os seus lábios.- estes dois anos pareceram uma eternidade.- suspirei.

-Quero lá saber, eu gosto de ti na mesma e ficas linda na mesma - sorri encostando-me a ela - Não pareceram, foram uma eternidade.

Arregalei os olhos e levantei as mãos, abanando-as.
- Pronto, pronto.- sorri-lhe e aproximei a minha cara da sua, voltando a beijá-lo.- o que fizeste este tempo todo?

-Acabei o curso e agora tou na empresa do meu pai, e tu? - também tinha deprimido durante meses, mas isso era irrelevante naquele momento.

Assenti ao que ele me disse com um sorriso e procurei pela sua mão, entrelaçando os meus dedos nos seus.
- Eu fui para o Canadá ter com os meus pais.- suspirei ao lembrar-me do estado em que lá chegara.- e estou quase a acabar o meu curso.- sorri levemente.

Arregalei levemente os olhos quando ela me disse que tinha ido para o Canadá - E tu vieste hoje de lá? - perguntei beijando os seus dedos que estavam entrelaçados nos meus - A minha médica privada - sorri preversamente.