Jardim

Desviei o meu olhar do seu e suspirei.
- Eu contei-te quando estava bêbada.- eu lembrava-me.- eu contei-te que gozavam comigo, sempre o fizeram.- suspirei.- eu fui vítima de bullying desde que me lembro.- engoli em seco, tentando parar as lágrimas que já escorriam pelo meu rosto.- e é por isso que eu sou assim para as pessoas, é como se fosse para me defender.- disse baixinho.

Assim que ela falou, lembrei-me do que ela me tinha dito e elá estava a chorar.
-Oh amor - limpei as suas lágrimas e acariciei o seu rosto - Eu não irei deixar que mais alguém se meta contigo. Ai de quem o faça - beijei os seus lábios.

Funguei quando me limpou as lágrimas e abracei-me a ele com força.
- Odeio chorar.- murmurei.- sinto-me frágil quando o faço.- suspirei, fechando os olhos.

Abracei-a também e afaguei-lhe as costas - Eu estou aqui para te proteger do que quer que seja, está bem? - perguntei beijeiando a sua bochecha.

Encostei a minha cabeça no seu ombro e suspirei, assentindo.
- Obrigada.- murmurei baixinho, dando-lhe um leve beijinho no pescoço.

Mantive-a perto de mim e acariciei os seus cabelos, passando os meus dedos pelas suas costas.
-Sempre aqui - murmurei.

Sorri ao ouvi-lo e separei o abraço, passando uma mão pela cara. Agarrei-lhe na face e aproximei-a da minha, roçando os nossos narizes. Aproximei as nossas bocas, deixando-as a milímetros e olhei os seus olhos.- digo exactamente o mesmo.- murmurei antes de o beijar.

Sorri quando ela pegou no emu rosto e beijei-a também, chegando-a mais para mim.
Será que me estava a apaixonar por esta rapariga? Por favor, digam que sim.

Pela primeira vez em toda a minha vida, eu sentia-me segura com um rapaz, era como se com ele eu pudesse ser quem era sem ter medo de ser gozada ou posta de parte.
Rodeei a sua cintura com as minhas pernas bem como o seu pescoço com os meus braços. A minha língua em contacto com a sua fez com que o beijo se aprofundasse e os meus olhos fecharam-se, aproveitando-o.

-Eu gosto muito muito de ti, Jaz - murmurei olhando-a nos olhos. E tinha pena de ainda não poder dizer que a amava, mas esse tempo iria chegar, eu desta vez não ia estragar nada.

Abri os olhos devagarinho quando o beijo terminou e olhei os seus olhos, sorrindo.
- Eu também gosto muito de ti Nick, mesmo muito.- sorri-lhe verdadeiramente feliz por o ter do meu lado.

-Ainda bem - sorri e comecei a fazer-lhe cócegas - I'm the king of the worrrlddd - comecei-me a rir.

Comecei a rir-me que nem uma maluquinha com as cócegas bem como a mexer-me muito para me debater.
- Pára! - guinchei.- cócegas não.

-Porquê? - ri-me ainda a fazer-lhe cócegas - Tens de implorar ao rei - fiz um riso maléfico e beijei-a enquanto continuava.

Mordi-lhe o lábio quando me beijou e continuei a remexer-me no seu colo.
- Pára Nick, vá lá.- pedinchei enquanto me ria.

-Au au au - resmunguei e parei continuando com os beijos - Os teus lábios são tão viciantes Jazmyn Clarkson.

Respirei de alívio quando parou e retribui prontamente a cada beijo seu.
- São? E eu a achar que eram só os teus.- fiz um sorriso fofo e roubei-lhe um outro beijo.

-Nope, nope, os teus também são viciantes - beijei-a outra vez e deitei-me na relva, deixando que ela ficasse por cima de mim.

Sorri contra os seus lábios e mordi o seu lábio inferior, puxando-o ligeiramente.
- Pronto, são os dois viciantes e nós somos os dois os viciados.- ri-me levemente, deitando-me em cima dele.- és lindo.

-Isso é tão sexy - ri-me - Por isso é que estamos bem um para o outro - disse - Eu sei, eu sou muito lindo - sorri convencido - Mas tu ainda és mais, não te preocupes

- É não é? Foi o que eu pensei.- ri-me.- pois é amor, estamos super bem um para o outro.- sorri de forma muito fofa. Dei-lhe muitos beijinhos no peito, subindo pelo seu pescoço e parei quando cheguei aos seus lábios, beijando-o.- não digas disparates.- ri-me envergonhada.

-Ai se eu te como - ri-me e acariciei o seu rosto - Ai ai ai, os teus beijos - suspirei, abraçando-a pela cintura - Se isto é um disparate, é o melhor disparate que eu alguma vez disse.

Comecei a rir-me com o que ele estava para ali a dizer.- omg, eu não sei como é que é possível tu seres tão parvo e tão irresistível ao mesmo tempo.- gargalhei.- e se estar comigo for um disparate? Também é o melhor? - fiquei séria.

-É possível, eu sou a prova viva disso - fiz um sorriso inocente - O melhor dos disparates que eu já fiz até hoje - disse sinceramente e beijei-lhe os lábios várias vezes.

- É, já vi que sim.- sorri com o seu sorriso, delineando o mesmo com o meu indicador.- vais fazer com que eu me apaixone por ti se continuamos com estas coisas.- disse contra os seus lábios, beijando-os levemente de seguida.