Jardim

Comecei a rir-me quando ele foi e voltou a vir tropeçando em mim como acontecera quando nos tinhamos conhecido. - Estou ótima. - disse ainda a rir-me. - Estás desculpado...- sorri.

Sentei-me ao pé dela e estiquei o braço, apresentando-me.~
Sou o George, George Parker. E tu? - perguntei com um sorriso.

Apertei ligeiramente a mão dele e sorri. - Muito prazer. Sou a Trixie Schell. - apresentei-me também e não consegui conter uma pequena gargalhada.

Sorri para ela, e apanhei uma flor não muito longe de mim, e coloquei-a no seu colo.
-Trixie. Bonito nome. - elogiei - Deixa-me perdoar esta queda levando-te a sair! - sugeri levantando-me e esticando o braço - Menos ao café! - acrescentei e fiz uma careta.

Sorri e peguei na flor. - Obrigada. - agradeci não só pela flor mas por o que ele disse do meu nome. - Sim claro. - levantei-me com a sua ajuda. - Café não... Não gosto de café. - disse sorrindo.

Enrolei o meu braço, para que ela pudesse colocar lá o seu, tal como um cavalheiro à moda antiga.
-Deixa-me levar-te a um sítio... - convidei dirigindo-a calmamente para um sítio perfeito para uma espécie de 'primeiro encontro'.

*onde quiseres*

Depois de sair da festa pus-me a andar sem qualquer destino em mente, só queria sair daquele ambiente chato. Quando cheguei a um jardim, sentei-me na relva para de seguida me deitar a ver as estrelas. Ouvi o telemóvel a tocar e vi que era uma mensagem do meu irmão mais velho. Sorri e respondi-lhe.

Depois de descansar um bocado decidi levantar-me e caminhar até ao jardim. Ainda era de noite, mas como já era hábito meu andar de sonos trocados encolhi os ombros e saí do quarto. Assim que lá cheguei reparei numa rapariga deitada na relva observando as estrelas. Humedeci os lábios mordendo um deles ligeiramente e com as mãos nos bolsos caminhei até ela.
- Não é nada aconselhável uma rapariga andar por aí à noite sozinha, nem mesmo dentro do empreendimento.. - disse inclinando-me para ela tapando-lhe por completo a vista.

Revirei os olhos quando outro gajo qualquer me veio falar de segurança. Mas estes gajos pensavam todos que eram heróis? Sentei-me e olhei para ele. - Não te preocupes. Sou bem capaz de me defender. E já agora importaste de sair da minha frente?

-Sim.. importo-me. - sorri e sentei-me mesmo à sua frente. - Sabes mesmo defender-te? - perguntei com a boca semi aberta.

- Obrigada pela gentileza. - disse irónica - Claro que me sei defender. Não tenho 10 anos. Achas que por ser rapariga não sei dar socos? - sorri.

-De nada... - sorri-lhe - Sim.. mas sabes que por exemplo... vamos imaginar que eu tinha intenções de... violar-te - diminui o tom de voz na ultima palavra olhando-a atentamente - Se eu te encantasse com os meus poderes de sedução não irias conseguir defender-te disso.- ri-me - Digo com isto que nem todos os vilões usam a força física para atrair as suas 'presas' - gargalhei ainda mais.

Fiquei a olhar para ele enquanto falava. - Já percebi. Mas não sou atraida com muita facilidade, por isso está tudo bem. - olhei para ele com mais atenção - Mas era suposto tu protegeres-me ou tu é que és o vilão?

Mordi o lábio contendo a gargalhada que se queria soltar - Não? Isso é bom.... - disse lembrando-me das outras duas raparigas com quem tinha estado que tinham sido fáceis. - Do que costumas gostar mais? Dos maus ou bons da fita? - sorri-lhe.

Olhei para ele com um sorriso falso na cara - Estás a tentar perceber quais os meus gostos em relação aos rapazes? - ri-me e encolhi os ombros - Quem é que não gosta de um bad boy? - sorri.

-Sim..estou a tentar perceber isso... - admiti e tirei o maço de cigarros que tinha no bolso de trás das calças. - Sim...acho que todas as raparigas gostam de um bad boy... - mordi o lábio e olhei-a. Retirei um cigarro de dentro do maço já a meio e ofereci-lhe.

- Nem todas. Há aquelas que preferem meninos do coro, mas é porque não sabem o que perdem... - encolhi os ombros e aceitei o cigarro. - És sempre assim tão prestável ou sou eu que sou especial?

Acendi o cigarro e passei-lhe o isqueiro - Meninos do coro? Que piada tem? É mesmo.. não sabem o que perdem... - sorri-lhe - Costumo mesmo ser prestável...mas de certa maneira és especial.. - disse dando um bafo no meu cigarro.

Agarrei no isqueiro que ele me estendeu e acendi o cigarro. Devolvi-lho e dei uma passa no meu cigarro. - Já percebi que sim. Deve ser por isso que não consegues tirar os olhos de cima de mim. - olhei para ele e sorri.

- Sim... deve ter a ver com isso... - mordi o lábio e deixei o fumo da minha boca sair aos poucos. Aproximei-me mais dela e fingi retirar alguma coisa de cima da sua perna - Mas tu só sabes que eu estou a olhar para ti porque também estás a olhar para mim...

Sorri - Vou ter de admitir que fui apanhada. - olhei para a minha perna quando ele lhe tocou - Mas temos de ver que eu ainda não me pus a tocar em ti, por isso tu deves estar mesmo encantado comigo.

Ri-me e voltei a dar uma passa no meu cigarro - Só estava a afastar o mosquito... se eu tivesse um mosquito não o impedias de me picar? - brinquei e sorri-lhe.

Expeli o fumo e olhei para ele sorrindo - Claro que impedia. Não te queria ver cheio de chupões. Ah e já agora. - olhei para ele com um sorriso nos lábio - Sou a Caroline.

- Então.. eu fiz o mesmo.. não queria que tivesses uma picada feia a estragar a pele da tua perna... - passei de novo a mão nela e ri-me. - Prazer Caroline, sou o Brian.

Sorri olhando para a minha perna de novo - Deixa-me adivinhar Brian. Agora era outro mosquito.