Praia

- Não estejas. - dei-lhe um beijo no queixo - Está bem, está bem. - revirei os olhos - E deixa de estar amuado se não eu também amuo. - fiz beicinho.

-Já não estou amuado - sorri acariciando a sua face e ouviu-se um riso maquiavélico de uma bruxa. Comecei a rir muito - não sabia que haviam aqui vozes que te imitavam - brinquei com ela pronto a fugir.

- Estúdido! - desatei a correr atrás dele e quando percebi que não o conseguia apanhar, descalcei um dos sapatos e atirei-lho.

-Au - reclamei quando senti o salto dos sapatos de salto alto dela embater na minha cara. - Isso é violência doméstica - disse com a mão ao lado do olho.

- Desculpa! - gritei já arrependida de lhe ter atirado o sapato. Descalcei o outro e fui a correr até onde ele estava - Desculpa... - dei-lhe um beijo onde ele estava a dizer que lhe doia.

Tirei a mão da cara quando ela se aproximou e senti o seu beijo nela fazendo uma cara.
-Não faz mal, deixa estar. - passei novamente a mão pela cara e dei-lhe um beijinho na testa.

- Desculpa... - voltei a dizer já a sentir-me mal por lhe ter atirado o sapato - Está a doer muito?

Abanei a cabeça à sua perna.
-Não - sorri - mas acho que vou ficar com um galo ou com uma nódoa negra - encolhi os ombros. - Não aconteceu nada.

Calcei os sapatos e olhei para ele - Pronto... já não me volto a aproximar de ti... agora estou a sentir-me super culpada...

-Não sejas assim, já me fizeram coisas parecidas - ri-me baixinho apesar de não ter piada e segurei-lhe numa mão. Dei-lhe um beijinho nos lábios - eu não vou morrer por causa disto.

- Mas vais ficar negro e a culpa é minha... - suspirei e beijei-o - Tens a certeza que não está a doer?

-Tenho, agora só sinto uma coisinha de nada - disse para a descansar e agarrei-a tipo saco de batatas - Mas agora vais sofrer. - ri-me. - queres sair daqui? - perguntei.

Desatei aos berros quando ele me pegou - Quero! - agarrei-me às calças dele e ri-me - Não me deixes cair!

-Não me deixes cair as calças - ri-me e saímos dali e eu não a coloquei no chão. Fui para a casa dos horrores, que aquela sim, era bastante ameaçadora e imprópria para cardíacos, apesar de não ser tão escura.

- Estão seguras, não te preocupes. - ri-me. Olhei para a casa assombrada e revirei os olhos - A sério? Agora uma casa assombrada a sério? Tu queres ver-me morta antes do final do dia?

-É a minha vingança, vou ficar todo negro - reclamei e entrámos na casa. Assim que dei um passo para dentro as portas fecharam-se fazendo um estrondo gigantesco assim como também havia uma parede à minha frente. Coloquei-a no chão. - E agora? Como é saímos? - ri-me

Comecei a olhar em volta quando aquilo fechou tudo - Bryan.... - tive de fechar os olhos por momentos e respirar fundo antes de me descontrolar e ter uma crise de asma - Tu é que vens a estas coisas por isso tu é que sabes.

Abracei as suas costas e apenas lhe toquei e ela caiu fazendo-me rir mas consegui controlar-me. - Já está - sorri dando-lhe um beijo na bochecha. - Tem calma.

Olhei para ele - Tu trazes-me para sitios destes que queres? - dei-lhe a mão e suspirei enquanto continuavamos a caminhar pela casa assombrada.

Ri-me e entrou uma pessoa por uma porta. Olhou-nos e eu mordi-me todo para não me rir. Era uma pessoa tão real, da primeira vez que tinha vindo, tinha ficado todo borradinho de medo. A robot-pessoa sorriu levemente e depois começou a vir na nossa direcção, quando estava apenas a dois metros de nós mostrou uma faca, que por acaso era mesmo verdadeira.

- Bryan! - gritei e agarrei-me a ele quando aquela porcaria veio para nós com uma faca na mão - Omg vou matar-te lá fora!

Mordi o lábio agarrando nela e tirei a faca das mãos da pessoa - ele só nos está a dar a faca, pode ser preciso - ri-me baixinho e subimos as escadas, assim que começámos a subir apareceu outra pessoa daquelas vindas do nada dando-me apenas tempo para espetar a faca nela para o robot cair.

Escondi-me atrás dele quando veio outra coisa na nossa direção e controlei-me para não desatar aos berros - Bryan Grant estás tão lixado se eu sobreviver a esta porcaria! - espetei-lhe as unhas nas costas e voltámos a andar pelo túnel escuro e assustador.

-Diz-me que trouxeste a tua bomba, é que ainda não viste a melhor parte - brinquei tirando-a de trás de mim e chegando-a ao pé de mim vendo-a toda assustadiça e irritada comigo. - Olha este quadro - apontei para ele e no exactamente em que ela olhou, o mesmo saltou e de lá saíram os chamados palhaços maléficos que começaram a mexer-se à nossa volta. Abracei-a contra mim tentando não em rir mas isto estava a ser demasiado engraçado para mim.

- Está aqui e daqui a nada é com ela que levas na cabeça! - desatei aos berros quando haviam palhaços à nossa volta. Pus-me de cócoras no chão a respirar fundo várias vezes - Bryan Grant odeio-te!