Discoteca

-Vamos embora, precisas de dormir muito para amanhã te lembrares de hoje - exagerei fazendo-lhe o mesmo e tocando-lhe no nariz. - Se depois tiveres coragem eu venho sair outra vez contigo.

Ri-me e comecei a caminhar para a saida da discoteca - E porque é que não haveria de ter coragem? - encolhi os ombros e sorri - Queres que me lembre? Uhh queres que me lembre que te chamei sexy e que te beijei?

-Quero, para depois não dizeres o contrário - ri-me saindo da discoteca e passando-lhe as mãos pelos braços por causa do frio. - Podes não ter coragem, porque podes ficar a pensar que sou um aproveitador qualquer. - encolhi os ombros.

Ri-me - Não te preocupes com nenhuma das duas coisas. - levei as mãos também aos braços - Fuck! Está frio!

-Está bem. Espero que não. - Nós tinhamos sido uns loucos, a discoteca ainda ficava longe dos nossos dormitórios. Olhei para as lojas que, algumas começavam a abrir agora, e continuei a tentar aquecer-lhe os braços arrastando-a para uma delas. Fiz uma careta ao perceber que só havia roupa de rapaz e experimentei um casaco que gostei comprando-o depois e colocando sobre as costas dela. - Anda, temos temos muito que andar. - sorri.

Entrámos numa loja em que ele comprou um casaco. Quando vi que ele mo ia por nas costas comecei a afastar-me. - Não! Tu não tens frio? Também estás ai só de t-shirt! - devolvi-lhe o casaco - A sério, não quero sentir-me culpada se ficares doente. - dei uma gargalhada.

-Não sejas assim, eu é que não quero que fiques doente, foste tu que te queixaste com frio, agora aguentas com o meu casaco. - Voltei a colocar o casaco por cima das suas costas e fiz com que saísse da loja.

Revirei os olhos e vesti o casaco. - Até bêbado és chato. - sai da loja à frente dele e comecei a olhar em volta, desatando-me a rir em seguida - Como é que voltamos agora?

-Não disseste isso depois de te ter beijado - lembrei-a rindo-me. Olhei em volta como ela e mordi o lábio. - Voltamos a patas - encolhi os ombros - viemos assim, só temos que ter cuidado por causa dos carros - ri-me, ainda eramos atropelados.

Encolhi os ombros e ri - Porque enquanto nos estamos a beijar tu não és chato. - dei-lhe um pequeno encontrão - Não era isso parvo. Lembraste do caminho? É que eu não. - voltei a rir.

Olhei para ela e parei de andar.
-A sério e só agora é que dizes isso? - Perguntei olhando para a estrada - Eu sei lá como é que vim para aqui. Nunca vim a esta discoteca.

Desatei a rir-me - Eu também nunca tinha vindo aqui. E também não faço a minima como é que viemos para aqui. - encostei-me a ele e ri-me.

Olhei para ela que se tinha encostado a mim, coloquei-lhe a mão no pescoço passando-a pelo cabelo e olhando para a estrada deserta.
-Então e agora? - Perguntei-lhe olhando-a - o que é que vamos fazer?

Deixei-me estar encostada a ele e voltei a rir - Agora ou armamos acampamento aqui, ou pedimos ajuda a alguém.

Olhei em volta vendo as pessoas a sairem a cair de bebadas. - apesar de tudo acredito que há piores que nós. .- Passei-lhe a mão pela cintura e deixei que ela andasse encostada a mim enquanto eu encontrava alguém sóbrio. Vi uma rapariga mais ou menos e olhei para ela.
-Olá.. - fiz uma careta - nós estamos meio perdidos, sabes por onde é que se vai para o campus da... - não fui capaz de continuar, dei meia volta com Caroline assim que vi que a rapariga ia vomitar à minha frente.

Desatei a rir quando deixamos a miúda a vomitar - Parece que vamos ter de armar acampamento aqui.

Fiz uma cara enojada.
-Arg, que nojo - continuei assim durante um bocado até que nos afastamos o suficiente para não a ouvir.
-É parece que sim. - olhei para ela - Pelo menos até te lembrares.

Continuei a rir-me - Até que eu me lembre do quê? Do caminho? Isso vai ser um bocadinho dificil mas podemos sempre tentar.

-Não pode ser complicado, não quero morrer aqui - exagerei e procurei o meu telemóvel no bolso, cujo não tinha bateria. Óptimo não? - E o teu, tem bateria? - perguntei.

Pus a mão nos bolsos dos calções à procura do telemóvel - Tchará! - ri-me e estendi-lhe o telemóvel - Vais ligar a quem? Ao 911 a dizer que estamos perdidos?

-Não - disse-lhe olhando para o seu telemóvel - primeiro vou dar-te o meu número - digitei e guardei-o. - E agora ia ligar para a minha irmã mas descobri que não sei o número dela. - voltei a dá-lo e revirei os olhos.

Guardei o telemóvel e dei uma gargalhada - E depois a tua irmã vinha buscar-nos no carro dos teus pais. - voltei a rir e parei na estrada - Podemos sempre pedir boleia.

-Provavelmente vinha - ri-me - mas pelo menos saíamos daqui. Tens frio? - Perguntei e fui ter com ela à estrada. - Podemos tentar. Mostra a perna, pode ser que assim parem. - olhei para a estrada vazia - nem que sejam fantasmas.

Ri-me - Eu não. Já tenho o teu casaco. - estiquei a perna e ri-me. - Ok eu tento manter-me assim até passar um carro.

Agarrei-ne nos ombros porque ela parecia que ia cair a qualquer momento e ri-me. - Pronto esquece lá isso. - suspirei e vi um casal a sair da discoteca - Anda. - puxei-a até eles.