House ( Carter's family)

Virei a cara em direção ao Gary assim que ouvi a voz dele e ajeitei-me novamente na cama - Veio ver como é que eu estava e ajeitar as máquinas. - respondi enquanto deitava a cabeça novamente no ombro dele - Dormiste bem? - perguntei depois de lhe beijar a bochecha - Esta cama não é nada confortável, não te disse?

Assenti levemente com a cabeça ao que ela me disse.
- Hm está bem. - disse apenas e encolhi os ombros. - Sim, até dormi bem. Estava tão cansado que nem notei a cama desconfortável. - ri-me levemente. - E tu? Como dormiste?

Soltei uma gargalhada com o que o Gary disse e abanei a cabeça - Tu eras capaz até de dormir no chão. - disse com um sorriso. Encolhi os ombros - Mais ou menos, tu até és confortável. - respondi com um meio sorriso. Belisquei-lhe a bochecha e ajeitei-me na cama - Tens de ir comer. Vai comprar qualquer coisa no bar.

Ri-me com o que ela disse.
- Pois, lá isso é verdade. - encolhi os ombros e continuei a olhar para ela. Esbocei um meio sorriso. - Ainda bem então. - remexi-me na cama e de seguida levantei-me da mesma quando ela disse para ir ao buscar buscar algo para comer. - Tu o que queres comer? - perguntei-lhe enquanto ajeitava a roupa e passava os dedos pelo cabelo para o ajeitar um pouco.

Deixei-me estar na ponta da cama mesmo depois do Gary se levantar de lá. Encolhi os ombros quando ele perguntou o que é que eu queria comer. Sinceramente não tinha muita fome mas sabia que precisava de continuar a comer para ficar melhor - Tanto faz, o mesmo que tu. - respondi com um sorriso enquanto ajeitava a cama de maneira a levantar a parte de cima para conseguir ficar sentada.

- Está bem, eu venho já então. - fui até à beira dela de novo e beijei-lhe ao de leve na testa. De seguida abandonei o quarto e dirigi-me até ao bar. Acabei por comprar dois iogurtes líquidos, uma para cada um de nós e comprei torradas para os dois também. Assim que fui servido voltei de novo ao quarto.

- Até já. - disse-lhe com um sorriso. Puxei a manta da cama mais para cima de mim e tentei mexer os pés mas não consegui e acabei por desistir de o fazer. Ainda tinha esperanças mas também tinha receio de que estas esperanças fossem vãs e não conseguisse voltar a andar. Estiquei-me para o comando da televisão para me distrair enquanto o Gary não voltava.

Abri a porta do quarto e sorri para a Reed, que agora estava a ver televisão.
- Aqui está. Não é nada demais, mas sabes como são as coisas do hospital. - encolhi os ombros e fui para a beira da cama acabando por me sentar na beira da mesma.

- Não faz mal. - respondi-lhe com um sorriso enquanto me sentava melhor na cama de maneira a que o Gary coubesse ali e conseguíssemos comer decentemente - Quando sair daqui, acho que vou passar uma semana só a comer porcarias. Para matar as saudades da comida boa e esquecer esta comida horrível. - disse rindo-me.

Ri-me com o que ela disse.
- E depois chegas ao fim dessa semana a queixares-te que estás muito gorda. - gozei com ela e acabei por lhe entregar as suas coisas. Abri o meu iogurte e depois comecei a beber o mesmo.

- Não me queixo nada porque eu não fico gorda e claro que vou continuar a fazer exercício. - resmunguei e empurrei-o mas sem a intenção de o fazer cair ou se magoar. Abri o meu iogurte e dei um gole no mesmo antes de o pousar na mesa para abrir a embalagem da minha sandes - O gordo aqui és tu. - disse deitando-lhe a língua de fora antes de dar uma trinca na minha comida.

- Ainda bem então. - comecei a rir-me e depois semicerrei-lhe os olhos quando ela me empurrou. - Não sejas má. - fingi um tom de resmungo e depois comecei a comer, recostando-me para trás na cama. - Até parece que sou gordo. - fiz-lhe uma careta.

- E és. - disse com um ar sério à medida que ia comendo a minha sandes - Obeso. - fiz uma cara feia - Nem sei como é que consigo estar nesta cama contigo aqui. - acabei por me rir e estiquei-me até conseguir beijar a bochecha do Gary - Gosto muito de ti. - disse com um sorrisinho antes de me voltar a colocar direita para continuar a comer.

- Não sou nada. - disse com um encolher de ombros apesar de saber que ela estava apenas a brincar comigo. Sorri-lhe e deitei-lhe também um beijo na bochecha, aproveitando para morder levemente a mesma. - Eu sei, é impossível não gostar. - disse com um ar meio convencido.

Abri a boca fingindo um ar chocado assim que o Gary me mordeu a bochecha depois de a beijar - Gary! - resmunguei dando-lhe um encontrão com o ombro - É impossível, é. - resmunguei - Eu só te adoro porque sou tua irmã, se não fosse não adorava. - disse com um ar sério apesar de ser uma completa mentira. Ele era a pessoa que eu mais adorava no mundo, sempre tínhamos sido muito próximos e unidos - Tu é que me adoras que não sais do hospital. Já cheiras mal, precisas de um banho. - disse com cara feia.

Ri-me quando ela resmungou comigo e encolhi os ombros.
- Não é nada só por seres minha irmã. - retorqui fazendo-lhe uma careta e fui comendo até por fim terminar tudo o que tinha trazido para mim. - Até parece. - revirei os olhos. - E não te queixes que tu gostas que eu esteja aqui. Senão estavas sozinha.

- É sim. - insisti apesar de estar a sorrir - Se não fosse tua irmã não gostava de ti. Tu és horrível e feio. - limpei a boca assim que acabei de comer e pousei a garrafa de sumo assim como o papel da sandes na mesinha que havia ao meu lado - Pronto, convencido, eu gosto da tua companhia. Mas a sério Gary, tens de ir a casa. Podes voltar depois mas não vale a pena passares aqui os dias fechado.

Fiz-lhe uma careta e encolhi os ombros.
- Põe-te a dizer isso muitas vezes, olha que começo a acreditar e chateio-me contigo para sempre. - gozei com ela e olhei-a quando disse aquilo de ir para casa. - Mais logo eu vou está bem? Agora apetece-me ficar aqui a fazer-te companhia. A não ser que não queiras a minha companhia.

Ri-me com o que ele disse - Até parece que conseguias ficar chateado comigo para sempre. - dei-lhe um encontrão com o ombro e sorri - Tu adoras-me e nunca ias ficar chateado comigo nem cinco minutos quanto mais para sempre. - estiquei-me na direção do Gary e beijei-lhe a bochecha - Está bem, eu quero a tua companhia, não quero é que passes o tempo todo aqui trancado comigo. Gary, eu é que estou aqui, tu podes sair daqui e passear e tudo o mais, eu não me importo, a sério, até quero que te divirtas. - disse-lhe sinceramente.

- Olha que é melhor não duvidares daquilo de que eu sou capaz. - disse muito seriamente, e tentando ao mesmo tempo não me rir. Encolhi os ombros com o que ela disse. - Eu não me importo de estar aqui, a sério. - disse, se estivesse noutro sítio qualquer, ia estar sempre a pensar nela e nem sequer ia conseguir fazer nada em condições. Por isso preferia estar antes ali.

Voltei a rir-me e abanei a cabeça - Nisto tenho que duvidar porque eu sei que não eras capaz. - às vezes gostava de ser filha única. Gostava de não ter o Gary como irmão e tê-lo apenas como outra rapaz, qualquer outro rapaz. Mas claro, se calhar se ele fosse apenas outro rapaz, a maneira como ele gostava de mim e se preocupava comigo não era igual. E isto era muito errado de se pensar, ele não era outro rapaz, era o meu irmão, não podia pensar neste tipo de coisas - Tudo bem, mas não deixes de fazer as tuas coisas, podes estar aqui e sair também.

Fiz-me uma careta e encolhi os ombros ao que ela disse. Ajeitei-me melhor na cama e puxei-a mais para mim, fazendo-a pousar a sua cabeça no meu ombro.
- Sim, eu sei. Mas sinceramente não me apetece fazer mais nada. - encolhi ligeiramente os ombros.

Sorri assim que o Gary me puxou para si e deitei a cabeça no ombro dele, deixando o meu braço a descansar no peito dele. Só queria sair deste hospital e estava aqui à tão pouco tempo. Dei um beijinho no maxilar do Gary e fiz uma careta - Estás um barbudo. - queixei acabando por me rir - Ficas sexy mas assim não consigo dar-te beijos. - disse com um sorriso enquanto voltava a deitar a cabeça no peito do Gary.

Encostei-a mais a mim e fiz uma careta com o que ela disse.
- Gostas de mim de qualquer maneira. - disse com um encolher de ombros. - E além disso, não tens nada que me dar beijos. - acrescrentei acabando por sorrir levemente.

- Isso querias tu. - disse rindo-me enquanto encostava novamente a cabeça no peito do Gary. Agarrei no comando da televisão para ligar a mesma apesar de saber que mais uma vez não íamos apanhar nada de jeito a dar mas valia a pena tentar. Levantei a cabeça e semicerrei os olhos - Ai é? Tudo bem, nunca mais te dou beijos. - disse com um encolher de ombros, fingindo um ar amuado.