Entrada da Casa

- Sei lá... podias dizê-lo para me chatear. - disse. - Eu sei... estou a ver que provoco muitas coisas em ti... - sorri e beijei-a.

Não respondi ao que ele disse e agarrei no seu pescoço beijando-o e sorrindo quando nos afastámos - até amanhã príncipe.

Retribui o beijo. - Até amanhã cinderela... - sorri-lhe e dei-lhe um último beijo nos lábios afastando-me de seguida e indo embora.

Larguei-o respirando fundo quando o via desaparecer. Estava-me a meter numa situação complicada mas estava difícil de sair. Mesmo assim, sorri entrando em casa e engolindo em seco quando vi o meu pai à entrada.

- Está bem! - disse reprimindo um sorriso e fui até ao meu quarto. Coloquei toda a roupa para lavar e vesti outra lingerie vermelha. De seguida fui ao closet buscar outros calções e outra t-shirt. Calcei as minhas vans pretas e dei um jeito ao cabelo antes de sair para a entrada da casa.
- E depois ele não quer ficar à espera. - disse para mim rindo.

Maldito cabelo, estúpido, nojento. Arg. Desci a rua e vi-a à espera na entrada de casa.
-Desculpa, atrasei-me - desculpei-me indo ter com ela, mas não entrei em terreno Alpha. - Vamos celebrar o meu aniversário pela segunda vez?

Sorri - Estás desculpado, menina. - sorri ainda mais e agarrei-o pelo braço - I'm in. Adoro festas apesar de não me aguentar nelas. - dei uma gargalhada.

-Eu sou uma menina? - Olhei para ela tentando fingir-me ofendido. - Ups, parece que viraste lésbica e andaste a beijar uma gaja. - ri-me enquanto ela agarrava no meu braço.
-Hoje vou trazer-te ao colo, estou mesmo a ver.

- É. - toquei-lhe na bochecha - O pior nem é ter andado aos beijos com uma gaja, o pior é essa gaja seres tu. - ri-me porque aquilo não tinha tido sentido absolutamente nenhum. - Uh só por isso vou fazer de tudo para ficar bêbada. Só para me levares ao colo. - sorri.

-Então, mas eu já admiti que sou gay, ser rapariga não faz mal nenhum - expliquei tentando não me rir.-Não abuses, ladra de boxers. Não te quero ter que levar para o hospital. - ri-me passando-lhe as mãos pela cintura.

- Está bem, papá. Sim. - disse antes de ele falar - Agora passaste a ser meu pai. - sorri - Não te preocupes. Então eu finjo só a bebedeira para que tu me leves ao colo.

Abanei a cabeça rindo-me com ela.
-Já fui sexy, já fui gay, já fui gaja e agora sou papá - assenti - está bem. - Entrámos no restaurante que estava perto da discoteca para depois não andarmos muitos e deixei que ela entrasse primeiro.