Fonte

Okay, puto, porque raio vieste para uma fonte? Andas a sentir-te bem?, perguntou o meu subconsciente.
Odiava este sítio: aliás, a única coisa boa que tinha era não estar em casa. Contudo, não era independente como eu queria e ainda tinha que dar satisfações aos stôrzinhos todos e aos betos todos, que era só fala e 'olha que chamo o meu pai'. E gajas? Eram boas, mas cheias de 'não me toques' e todas histéricas por mim - a última parte compreendo perfeitamente, mas a primeira nem tanto. Fora isso tudo, eram todas iguais, já tinha rodado quase todas.
Passei por uma miúda qualquer e segui até a um banco que havia à beira da fonte, com os phones nos ouvidos. Fui ver o telemóvel que tinha uma sms da miúda da noite anterior - acho que vou fazer um contrato para impedi-las para me contactarem depois - e depois comecei a bater com os dedos no banco em que estava sentado.

Engoli a seco e encolhi os ombros.- Sempre é melhor do que estar aqui. - murmurei fitando o outro rapaz pelo canto do olho. Esperei que ele se levanta-se para me levantar também exibindo assim as minhas curvas e as minhas pernas altas e esguias , desatei-o cabelo deixando-o cair como uma cascata nas minhas costas. e peguei na minha mala deixando o ipod em cima do banco de pedra esquecido.

A rapariga tinha um grande corpo... Menos, Thomas Walker!
Levantei-me começando a caminhar a seu lado, e só ai me lembrei que nem sequer sabia o nome dela. - Thomas. - apresentei-me, olhando para ela. - Thomas Walker. - acrescentei, continuando a olha-la, era rapariga com uns olhos bastante bonitos, talvez até com namorado, e ainda me habilitava a levar uma cambada de porrada do seu namorado, levar porrada nunca tinha sido o meu fortes, acho que não é o forte de ninguém.

A rapariga até parecia irritada - o que me agradava bastante - mas havia nela alguma coisa, de certeza, que a fascinava, porque ela não estava tão tensa - é, é, daqui a bocado arranjas companhia e ficas tenso sem 'n' - como era suposto para alguém irritado.
Subitamente, a rapariga foi-se embora com o tal gajo tenhoamaniaquesoumelhorquetodos - como é que é possível alguém ter essa mania com alguém como eu por perto? Passava-me ao lado completamente isso - que estava com um ar tão falso de santo [hipócrita] como as mamas da... minha mãe?! Sim, adequava-se.
Foi aí que reparei que a rapariga tinha deixado o iPod, o que me fez sorrir: ela até tinha alto corpo e já que eu a irritara, ainda a podia irritar mais. Fantástico. Levantei-me para o apanhar e sorri, todo satisfeito, para logo depois a ir procurar: esperava que já não estivesse com o outro.