Quarto de Thomas Walker

Retribui o beijo, fitando-a depois.
- Já tenho direito a uma peça de roupa tua? - perguntei com um sorriso inocente.

- Se eu tiver direito a uma tua. - chantagiei-o.

Continuei com o sorriso nos lábios.
- Isso é que já é mais complicado...

- Então nada feito. - retribuí o sorriso.

Puxei-a para mim.
- Oh vá lá, princesa. - fiz beicinho.

- Ou me dás uma a mim ou não há negócio. E por favor, não faças essa carinha de cãozinho abandonado. - tentei resistir-lhe.

Continuei com a mesma cara, talvez fazendo ainda um pouco mais.
- Oh... porque?

- Porque é injusto. Vocês ficam em vantagem... - disse fazendo beicinho também.

Dei-lhe um beijo no seu ombro despido, voltando depois para a minha cara de cachorrinho abandonado.
- Ninguém precisa de saber...

- Pára. - pedi. - Eu não vou dar-te nada sem nada em troca. - tentei ficar séria mas desatei a rir.
Dei-lhe um beijo rápido e mordi-lhe o lábio.

- Paro porque? Esta é a minha cara. - fiz uma carinha de anjo, como tinha feito algum tempo atrás. - Já tiveste imenso em troca! - relembrei-a.

- Até parece que tu não! - relembrei-o. - Olha, não dás nada feito. - levantei-me e vesti o meu soutien e as minhas cuecas, cruzei os braços e comecei a bater o pé.

Levantei-me vestindo também a minha roupa interior, indo depois até ela, e puxando-a para mim pela cintura.
- Oh princesinha, não sejas má para mim, vá. - pedi, fazendo beicinho.

Ele puxou-me para ele mas virei a cara, não ia ceder. - Não Thomas. Daqui não levas nada. - fiz cara de má e olhei-o.

Fiz com que ela olhasse para mim.
- Estás a ser má... - permaneci com o meu beicinho adorável.

- Pensei que gostavas das más. - relembrei-o. - Não Thomas, pára. - bati-lhe no peito.

- Fogo, chata. - resmunguei atirando-me depois para cima da minha cama.

- Chato és tu. - fiz-lhe uma careta. - Vais ficar aí? - disse e comecei a vestir-me.

Olhei-a pelo canto do olho. - É, parece que sim. - respondi friamente.

Era agora a minha deixa para lhe roubar uma peça de roupa... Acabei de me vestir, dei a volta à cama como quem não quer a coisa. - Pois. - disse friamente.
Observei uma meia dele por cima do tapete, agarrei nela e comecei a correr pelo quarto fora. - Bye bye! - gritei à medida que corria.

Olhei-a de relance e só ai reparei que ela levava uma meia minha. Levantei-me num apêndice, e fui atrás dela mesmo só de boxers, correndo pelo corredor da zona Delta assim, mas rapidamente a apanhei e peguei nela ao colo, levando-a novamente para dentro. - Onde ias? - perguntei pousando-a sobre a cama.

- Larga-me! - guinchei quando senti os seus braços agarrarem-me. - Oh fogo, não é justo! - bati-lhe nas costas, enquanto me ria feita tola.
Atirou-me para cima da cama e sentei-me com as pernas à chinês, cruzando os braços. - Ia dar uma voltinha, só isso. - fiz-me de vítima.

- Agrediste-me brutalmente! - gozei, rindo-me de seguida. - Dizes bem, ias, porque agora já não vais.

- Coitadinho. - fiz-lhe uma careta. - Oh bebé, eu sei que gostaste muito de estar comigo, mas está na hora de eu ir. - gozei com ele.

- Acho que foi mais ao contrário... - mordi o meu lábio inferior. - Mas podes ir embora, mas deixas aqui a minha meia. Mas se quiseres passar cá a noite, não digo que me importo.