Restaurante Stela Artois

KAPPA Mensagens : 230 Data de inscrição : 29/03/2012

Entrei no carro dela fazendo questão de conduzir e quando chegámos entrei no restaurante. Tinha sido uma ideia de última hora por isso nem reserva tinha. Um empregado levou-nos a uma mesa mais escondida e apenas para dois.

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Sentei-me após ele me puxar a cadeira e pousei a minha mala na mesma. Olhei em volta e sorri por estar ali. Não que fosse bom demais mas não era nada mau porque há muito que não tinha esta vida de "rainha".
- Obrigada. - Agradeci vendo-o sentar-se à minha frente.

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Sorri sentando-me e o empregado deu-nos os menus ao mesmo tempo que recebi uma mensagem da minha mãe. Revirei os olhos ao lê-la e peguei num dos menus. Acabando-me por me cansar, ia pedir o mesmo que ela. - os teus pais são tão chatos quanto os meus? - Perguntei num tom de desabafo.

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- Não tenho pais. - Respondi olhando para o cardápio e tentando não me mostrar muito preocupada.

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Olhei para ela e elevei as sobrancelhas olhando para ao prato.
-Nunca me tinhas dito, desculpa. - pedi fazendo uma careta.

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- Não faz mal. Eu fui abandonada e depois adoptada mas a minha mãe adoptiva faleceu e o outro senhor não conheço desde os meus 13 anos. - Disse olhando-o e sorrindo forçadamente. - Não é uma boa história de vida! - Exclamei suspirando.

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Pestanejei algumas vezes os olhos tentando perceber o que ela queria dizer com aquilo.
-Como assim não conheces?

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- Desde que a minha mãe morreu ele começou a bater-me porque me culpava. Se fazia algo que não gostava ele pimba, mas começou a ser frequente e pronto...Fugi de casa, roubei-lhe milhões e desapareci sem deixar rasto. - Expliquei.

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-Aos treze anos? - Perguntei espantado - Fugiste aos treze anos com dinheiro do teu pai e ainda estás viva? - levei a mão ao cabelo e fiquei calado durante algum tempo - como é que alguém é capaz de fazer isso a uma criança? - perguntei baixinho, mais para mim do que para ela.

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- Sim, não é por acaso que sou rica. - Ri-me da cara dele. - E é bem verdade, este corpinho já levou com um cinto e com uma cadeira...e muita outra coisa que nem vale a pena dizer. - Revirei os olhos pegando num bocado de pão.

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-Ainda bem que não estragou nada, se não tinha que ajustar contas. - ri-me vendo o empregando a vir ter connosco. Perguntou-me a mim o que queria mas eu fiz uma careta e disse que comia o mesmo que ela.

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- Até parece. - Ri-me divertida e pedi uns canellones com espinafres e requeijão. Algo leve e que ao mesmo tempo era saudável.

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-Até parece nada. Se por acaso ele te faz mais alguma cena eu parto-o ao meio sem dó nem piada - resmunguei falando muito a sério e ela sabia disso, pelo menos, acho eu. Fiz uma careta com o que ela pediu. - Acho que não devia ter confiado em ti. - Ri-me - mas pronto, eu aguento.

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- Ele nem sabe onde estou Jeff, tem calma. - Sorri. - E não sejas esquisito, vais gostar e é saudável! - Exclamei. - Estás a ficar gordo e tal. - Fiz um ar de gozo e trinquei o meu pão lentamente enquanto o olhava divertida.

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-Sei lá... esses gajos são maníacos - suspirei acabando com a conversa. Olhei para mim próprio e depois revirei os olhos. - Cala-te, nem digas isso. Eu vou ao ginásio todos os dias... para além disso tu gostas - encolhi os ombros.

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Ri-me com o que ele disse e ergui o sobrolho.
- Não tenho que gostar propriamente. Não és meu, logo só tenho que gostar do que tu me dás, ou seja, sexo. - Pisquei-lhe o olho.

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-Tens que gostar do que vês para conseguires fazer sexo comigo ou não? Conseguias fazer sexo com um obeso de duzentos quilos? - Resmunguei a ficar mal humorado. Ela adorava que a minha auto-estima ficasse a zeros.

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- Claro que fazia sexo com um obeso. Isto claro se ele ele tivesse uma cara laroca como a tua e um pénis tão bom. O pénis sim é o que realmente importa. Tu és relativo! - Disse encolhendo os ombros e mostrando-me seria mas na verdade estava apenas a deixá-lo um pouco irritado. Depois disso tratava dele de noite.

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Fiz a olhar para ela com um olhar de nojo e fingi estremecer.
-Ok, acho que quando a comida vier vou vomitar para cima de ti, pode ser? - Perguntei ainda com a cara enojada. - Que visões Miriam. Tu e um obeso.

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Ri-me demasiado e encostei-me bem à cadeira.
- Levavas dois socos se fizesses isso! - Apontei-lhe o dedo divertida. - Oh, eu adoro-te Jeffy, sabes disso. - Sorri.

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-Já estive mais perto de acreditar - brinquei abanando a cabeça enquanto ria. - Eu quero esquecer esta conversa nojenta - fiz uma careta. - que nojo. - suspirei pela ultima vez.

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- Esquece então. - Ri e debrucei-me um pouco sobre a mesa para o beijar. - Agora fala-me tu sobre os teus pais. - Pedi sentindo confiança para fazer isso agora.

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Encolhi os ombros respirando fundo.
-Os meus pais são os mais chatos que existem - olhei para ela. - eu já estive em cinco psicólogos por causa deles

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Arregalei os olhos e parei de mastigar o pão que levara à boca.
- Como assim? - Questionei piscando os olhos.